Quando nos apaixonamos, é comum enxergamos com olhos de encantamento a pessoa amada. Imaginamos o quanto ela pode ser perfeita e o quanto almejamos que ela supra algumas de nossas carências. A isso damos o nome de: idealizações

E qual o risco para quem cria tantas idealizações?

Todos nós já nos envolvemos em situações cuja expectativa criada não foi atendida, de maneira que este é um sentimento bastante familiar a todos nós. Mas alimentar expectativas não é saudável, principalmente em relacionamentos amorosos, onde quem deve suprir seus desejos é a outra pessoa.

Isso aumenta a ansiedade e gera conflitos difíceis de gerenciar na vida a dois. Além disso, os riscos de alimentar expectativas no relacionamento são graves para a sua saúde, pois extrapolam o campo emocional.

É por isso que vou falar aqui sobre situações que, apesar de comuns em diversos relacionamentos, podem ser facilmente evitadas a fim de melhorar a qualidade da vida de vocês dois.

Existem 4 tipos de expectativas mais frequentes nos casamentos que você poderá identificar e descobrir como lidar:

1 – Atenção exclusiva

A vontade de exclusividade é natural em quem mergulha de cabeça em uma nova relação.

Muitas vezes acompanhada de um sentimento de posse, ela pode se tornar fator negativo para que o relacionamento tenha futuro. A exigência dessa atenção extrema leva a pessoa a cobrar atitudes do parceiro que não são saudáveis, e isto provoca o conflito.

Desejar que o outro lhe dê atenção absoluta pode ser um sentimento inicialmente inofensivo, mas que se for alimentado o levará a querer competir com todo o tipo de atenção que a pessoa amada dispensa às outras coisas, como ao trabalho, aos filhos, aos amigos, aos seus hobbies, etc.

Talvez sem perceber, a pessoa começa a sentir ciúmes de tudo o que não a inclui, querendo que toda a atenção do parceiro seja direcionada unicamente a ela.

Esse tipo de pessoa costuma agir na impulsividade de exigir que o outro lhe responda ou lhe atenda imediatamente.

Mas não há relacionamento feliz que resista a essa pressão, pois o outro se sentirá forçado a dar cada vez mais atenção de maneira não natural, gerando estresse no casal.

2 – Planos para futuros distantes

Todos nós sabemos o quanto é prazeroso imaginar uma vida longa ao lado da pessoa amada, certo?

Mas esse pensamento, quando muito longe de se concretizar ou com tão pouco tempo e vivência de relacionamento pode ser arriscado. Afinal, a expectativa de viver algo que está muito mais ligado ao imaginário do que à realidade pode gerar muito mais frustração.

Porém não é errado sonhar e querer colocar em prática projetos conjuntos, desde que seja refletido com calma e com os pés no chão, para que os dois juntos saibam onde estão pisando e se isso é de fato a melhor escolha para ambos.

A melhor maneira de evitar essa sensação de decepção em um futuro incerto é manter o foco na vida presente. Viver o hoje é difícil para quem sofre de ansiedade, então o “truque” é começar aos poucos, vetando pensamentos em longo prazo que envolvam outras pessoas além de você.

3 – Combinação perfeita entre o casal

Não é incomum que as pessoas cheguem ao meu consultório com queixas do tipo:

“Combinávamos tanto no início da relação, gostávamos das mesmas coisas e tínhamos tudo em comum, mas agora isso já não acontece mais.”

Essa afirmação existe muito pela ideia de que o outro deve corresponder às expectativas do parceiro (a), gostar das mesmas coisas e frequentar os mesmos ambientes com o cônjuge.

Também é comum vermos casais que não se separam nem por um instante, com aquele pensamento de que aonde um vai, o outro tem a obrigação de estar presente.

É necessário compreender o valor da imperfeição do outro para evitar a criação de expectativas sobre o que é um relacionamento perfeito e enfim, entender que as diferenças vão sempre fazer parte da rotina.

4 – Sentimento de completude do casal

Você já ouviu essa frase famosa?

“Meu parceiro (a) me completa!”

Esse sentimento de completude é originário da expectativa de que o outro supra todas as nossas carências emocionais, como se somente ele(a) fosse responsável pela nossa felicidade.

Somos seres humanos incompletos e buscamos suprir nossas necessidades básicas o tempo todo. Ao nos depararmos com um relacionamento, isto não é diferente.

Acontece que esse pensamento quando exagerado e não muito bem resolvido, serve de isca para uma possível dependência emocional.

É fundamental ter em mente que não é responsabilidade do outro, e sim nossa, a busca pela felicidade.

Essa busca por outro alguém é pessoal e intransferível, e a prova disso é que mesmo que você não esteja em um relacionamento, ainda assim estará em busca de ser feliz, mesmo que sozinho. Isso é ótimo!

A frustração no amor acontece justamente quando esperamos que nossa felicidade venha do outro, pois ela não vem.

É fundamental buscar o autoconhecimento para conseguirmos ter um relacionamento feliz e saudável, sem cair no erro de criar expectativas.

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Com amor, Nicole.

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